Brasil e Reino Unido debatem projeto em Angra dos Reis

18/04/2023
Durante o encontro foram apresentadas as vantagens do hidrogênio produzido a partir da fonte nuclear

O cônsul-geral do Reino Unido no Rio de Janeiro, Anjoum Noorani, e o presidente da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil, Nick Burridge, visitaram a Central Nuclear em Angra dos Reis com uma comitiva de 20 pessoas. A visita teve como objetivo conhecer o projeto de hidrogênio limpo produzido nas usinas, que está em fase de estudo de viabilidade em uma parceria entre Eletronuclear, Furnas e Parque Tecnológico de Itaipu.
 
Durante o encontro foram apresentadas as vantagens do hidrogênio produzido a partir da fonte nuclear, como a eletrólise da água do mar em substituição da água doce, como explicou a coordenadora de P&D e Inovação da Eletronuclear, Karla Lepetitgaland: "Acreditamos que o hidrogênio limpo seja um dos caminhos para a descarbonização energética do planeta. E ele é produzido organicamente pelas usinas, de forma totalmente sustentável. Por isso, buscamos formas de viabilizar o seu uso", afirmou.

O presidente da Câmara Britânica de Comércio e Indústria no Brasil, Nick Burridge, achou genial a ideia de utilizar uma coisa que já faz parte do negócio, que está sendo produzido como parte dele , parte de produção de energia e que pode agregar valor: "Com troca de tecnologia, troca de ideias, troca de experiências. Eu vejo isso como grande possibilidade aqui", afirmou. Já o cônsul-geral do Reino Unido no Rio de Janeiro, Anjoum Noorani, mostrou-se empolgado em relação à possibilidade de hidrogênio no futuro para dar tanto segurança, quanto preços mais baixos, quanto lutar contra a mudança climática de hidrogênio no geral. “Eu acho que no mundo a gente tem bastante potencial de usar hidrogênio, de forma rápida para desenvolver nossa sociedade e limpar nossas redes de luz", afirmou. A oportunidade de uma parceria entre o Reino Unido e o Brasil na produção de hidrogênio verde ou hidrogênio limpo, utilizando a tecnologia britânica e brasileira, segundo o consul-geral, é uma possibilidade de abrir o mercado internacional global de hidrogênio para o futuro e assegurar fontes de energia