SEMIÁRIDO

ANA apresenta proposta para monitorar açudes

13/07/2015
A Agência Nacional de Águas (ANA) apresentou dia 08 de julho a representantes de órgãos estaduais, do Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) e do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) proposta de trabalho para desenvolvimento de um projeto conjunto de monitoramento de eventos críticos de seca no Nordeste e no Norte de Minas Gerais. O projeto tem como objetivo obter informações diárias do volume de água disponível nos principais açudes e, quando necessário, da vazão de entrada e saída dos açudes do Semiárido.
 
A expectativa é que o monitoramento tenha início em novembro de 2015 em 522 pontos em parceria com os estados nordestinos (exceto Ceará e Maranhão), Minas Gerais, Dnocs e CPRM. A ANA prevê investimentos de R$ 10 milhões no projeto que contemplará açudes importantes, como Epitácio Pessoa, responsável pelo abastecimento de Campina Grande (PB). 
 
A instalação das estações de monitoramento e a orientação de observadores para transmissão de dados via celular acontecerá através de licitações realizadas pela ANA a partir de setembro. As licitações serão divididas em quatro áreas : Área I: Piauí e Rio Grande do Norte (113 estações); Área II: Paraíba (142); Área III: Pernambuco, Alagoas e Sergipe (126) e Área IV: Bahia e Norte de Minas Gerais (141).
 
Os níveis dos açudes serão enviados diariamente via SMS para a ANA por meio de aplicativo específico ou por telefone – a partir de então os dados serão divulgados pela Agência na Internet. No caso das estações para medição de vazão, os observadores deverão acompanhar duas vezes por dia a variação da água que entra e que sai dos açudes. Os observadores receberão mensalmente a partir de R$ 198 pelo trabalho e serão contratados e remunerados pelo CPRM. Os estados deverão apoiar a instalação das estações pelas empresas contratadas pela ANA. As instituições estaduais e o Dnocs vão acompanhar o posicionamento das réguas, referenciais de nível e o referenciamento deles em relação ao nível do mar e ao ponto de sangria dos açudes. Os estados e o Dnocs também deverão enviar seus técnicos para o curso sobre acompanhamento da instalação das estações, marcado para outubro em dois açudes da Paraíba a serem definidos. As instituições deverão informar à Agência sobre a qualidade da instalação das estações. Nos pontos de monitoramento que não contam com sinal de celular, os estados e o Dnocs deverão instalar estações telemétricas, tecnologia que permite o envio dos dados automaticamente por satélite. 
 
Outro trabalho previsto é a manutenção corretiva das réguas, estações telemétricas e referenciais de nível do projeto. A cada trimestre, no mínimo, as instituições deverão realizar medições nas estações de entrada e saída dos açudes que contarem com os equipamentos. No projeto a ANA instalará réguas feitas com material reciclável, o que evitará o uso de aproximadamente 455 m3 de madeira.