AMAZÔNIA

Bioeconomia previne colapso futuro

11/04/2021

O Seminário online “Amazônia: tecnologia, desenvolvimento e sustentabilidade” ocorreu no último dia 5 de abril e foi transmitido ao vivo, por meio do canal no YouTube da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O evento contou com a presença de quatro experientes pesquisadores: Adalberto Luis Val, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia; Carlos Nobre, do Instituto de Estados Avançados da Universidade de São Paulo; Gilberto Câmara Neto, do Grupo de Observação da Terra e que foi pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e Paulo Artaxo, pesquisador do Instituto de Física da Universidade de São Paulo. O evento fez parte do Ciclo FAPESP + ILP.

Os palestrantes comentaram que um modelo de desenvolvimento que use recursos biológicos em detrimento de recursos não-renováveis, como é o caso dos combustíveis fosseis, é uma importante estratégia de preservação da floresta amazônica. Além de preservar a floresta, a bioeconomia previne futuros colapsos provocados pelo desmatamento ilegal, que corresponde a 95% dos casos. Segundo os pesquisadores, a bioeconomia visa colaborar com meios de produção tecnológicos mais frutíferos, que teriam um impacto positivo na empregabilidade e, consequentemente, na economia brasileira. 

O crescimento do desmatamento durante o período da pandemia é considerado pelo grupo de pesquisadores e cientistas algo alarmante. "Os alertas de mudança em março de 2021 são da mesma ordem dos de 2019 e 2020, o que é bastante preocupante, porque, evidentemente, nós vivemos em uma situação de pandemia, uma situação em que a atividade econômica está praticamente paralisada. E, se os alertas continuam em uma escala parecida com os anos anteriores, isso indica que é necessária uma ação muito forte para evitar que haja um recrudescimento do desmatamento da Amazônia", disse Gilberto Câmara Neto. O evento pode ser assistido por meio do link https://www.youtube.com/watch?v=jaP9Am8AjLw.