ENERGIA SOLAR

Projetos devem crescer mais na África

27/09/2016

Segundo o relatório ‘Solar PV in Africa: Costs and Markets’ divulgado pela Agência Internacional de Energias Renováveis (IRENA), a viabilidade econômica da energia solar fotovoltaica na África cresce a cada momento graças a queda dos custos dessa tecnologia. Calcula-se que os custos de projetos de energia solar fotovoltaica no continente caíram 61% desde 2012. Hoje, os custos instalados para esses projetos chegam a US$ 1,30 por watt na África – a média global é de US$1,80 por watt.

"Nos últimos anos, os custos solares fotovoltaicos caíram drasticamente e essa trajetória decrescente deve continuar com novas quedas que podem chegar até 59% nos próximos dez anos", destacou o Diretor-Geral da IRENA, Adnan Z. Amin. "Estas reduções de custos, juntamente com o vasto potencial solar no continente, apresentam uma enorme oportunidade para a África. A energia solar fotovoltaica – conectada ou não ao grid energético - já se constitui em uma alternativa competitiva, em termos de custos, para atender à crescente necessidade de energia e para levar eletricidade aos 600 milhões de africanos que atualmente não têm acesso a ela”. O estudo mostra ainda que mini-redes que utilizam energia solar fotovoltaica e sistemas solares domésticos fora do grid energético também fornecem serviços de energia de maior qualidade nos mesmos ou menores custos do que as alternativas.

As mini-redes exclusivamente de energia solar fotovoltaica podem ter custos de US$ 1,90 por watt para sistemas maiores do que 200 kW na África. Os sistemas domésticos de energia solar - que triplicaram na África entre 2010 e 2014 – provêm as necessidades anuais de eletricidade de famílias fora da rede por apenas US$ 56 por ano, menos do que se paga atualmente por serviços de energia de baixa qualidade. "O potencial solar da África é enorme, com níveis de radiação solar até 117% mais elevados do que na Alemanha - o país com a mais alta capacidade de energia solar instalada", disse Amin. "Nunca foi tão possível e tão menos dispendioso para a África aproveitar esse potencial”. O relatório completo pode ser conferido no site www.irena.org/publication