ÁGUA

Sabesp realiza ação contra furtos

13/10/2016

A Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), com apoio da Secretaria da Segurança Pública do Governo do Estado de São Paulo, ampliou as ações de combate ao furto de água na Região Metropolitana com a chamada Operação Caça-Fraude. Nos nove primeiros meses de 2016, as operações indiciaram 110 pessoas, boa parte por furto de água. No mesmo período do último ano foram 102 indiciamentos, o que representa um crescimento de 7,3%.

Os chamados “gatos” na rede de água são tratados como delito menor, mas a ação é qualificada como crime de furto, tipificado no Artigo 155 do Código Penal e que prevê de um a quatro anos de reclusão, caso o suspeito seja condenado. Nos casos em que o furto ocorre com a participação de duas ou mais pessoas ou destruição de equipamentos, o crime é qualificado, o que eleva a pena para até oito anos de cadeia.

Para descobrir as fraudes, a Sabesp atua em conjunto com a Polícia Civil para casos em que o fraudador impede a fiscalização e também para prender os agentes fraudadores - que vendem a adulteração a moradores, comerciantes e indústrias. Mais de 60 equipes caça-fraude realizam vistorias semanais na RMSP utilizando tecnologia avançada, onde usam, por exemplo, uma sonda especial que é inserida no cavalete do imóvel. O equipamento utiliza raios infravermelhos, como no controle remoto da TV, para fazer uma varredura da tubulação e verificar se existe alguma irregularidade que possa burlar a medição do hidrômetro. Tudo é realizado de forma rápida, sem a necessidade de quebrar o piso.

Outro equipamento utilizado é o detector de ímãs, onde os técnicos, mesmo do lado de fora das residências, conseguem constatar se há um campo magnético fora do comum próximo ao hidrômetro – indício de que um ímã pode estar em uso para prejudicar ou impedir a medição do consumo de água. A Sabesp tem também substituído gradualmente os hidrômetros convencionais por modelos blindados contra ímãs e que não podem ser burlados por ondas magnéticas. Essa troca não está restrita aos casos de suspeita de fraude com ímã: todos os hidrômetros da Companhia serão substituídos gradualmente pela nova tecnologia.  Em média, a substituição dos hidrômetros é efetuada a cada seis anos.

A Sabesp ressalta a importância da população na identificação do crime de furto de água pelos telefones 195 ou pelo Disque-Denúncia (telefone 181), cuja chamada é gratuita e não exige a identificação de quem telefona. “Quem comete o crime não se preocupa com o desperdício, pois acredita que não irá pagar pelo alto consumo. É comum entre fraudadores deixar torneiras abertas e não consertar vazamentos”, afirma Marcelo Fridori, superintendente de Auditoria da Sabesp.