SAÚDE

As doenças por falta de saneamento

21/03/2019

De acordo com a última pesquisa realizada pelo IBGE, dos 5.570 municípios brasileiros nada menos que 1.935 registraram ocorrência de endemias ou epidemias (diarreia, leptospirose, verminoses, cólera, difteria, dengue, zika, chikungunya, tifo, malária, hepatite, febre amarela, doença do aparelho respiratório e outras) associadas ao saneamento básico. Isto é, à falta de infraestrutura adequada de suprimento de água potável, coleta e tratamento de esgotos.

Os maiores índices de incidência estão nas regiões Nordeste (964 municípios) e Sudeste (463). Curiosamente, na região Sudeste os estados que têm mais municípios com incidência de endemias ou epidemias são justamente aqueles com maior nível de desenvolvimento econômico: Minas Gerais (290 municípios) e São Paulo (106).

O que surpreende, na pesquisa do IBGE, é que se trata de doenças (talvez com exceção da Zika e Chikungunya) com as quais a humanidade convive há muito tempo e que têm como causa principal a falta de condições básicas de saúde e higiene. Assim, parece meio absurdo que, numa época em que a humanidade desenvolveu tecnologias sofisticadíssimas em diversos ramos da atividade, ainda tenhamos que ver pessoas morrerem por enfermidades desse tipo.

Este é o tema do editorial da edição 190 da revista Saneamento Ambiental, que está disponível para leitura em http://www.sambiental.com.br/revista/190 e que também aborda os avanços do setor privado no saneamento, como viabilizar a universalização dos serviços de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgotos, os parques como alternativa aos piscinões na drenagem urbana e que traz um ranking dos principais grupos e concessões privadas no saneamento. Confira.