VEÍCULOS ELÉTRICOS

Klabin utiliza tecnologia remota

09/03/2020

A Klabin adquiriu tecnologia sueca para começar a operar o primeiro caminhão autocarregável das Américas na região dos Campos Gerais do Paraná. O caminhão transportará principalmente toras de madeira que alcançam 7,36 metros e são mais utilizadas para a comercialização, mas também atendem à demanda de produção industrial. 

No mercado em geral, os caminhões permitem o transporte de madeira de até seis metros, em média. A tecnologia é um braço mecânico, equipado com diversas câmeras e sensores que transmitem vídeos ao vivo dos movimentos do braço e de todo o perímetro ao seu redor para um óculos 3D de realidade aumentada, utilizado pelo operador na cabine do caminhão.

Entre as vantagens da tecnologia estão a capacidade de carga, que alcança até duas toneladas a mais de madeira quando comparado ao modelo que já existe no País, que possui uma cabine de operação do braço mecânico em cima do compartimento de carga ; a substituição da cabine de operação pela tecnologia de realidade aumentada que libera cerca de um metro de espaço para armazenamento; a redução do uso de combustível e pneus, por não ter o peso adicional da cabine de operação do braço, que gera mais desgaste e por descartar a utilização de outros dois veículos, necessários na operação tradicional.

O caminhão autocarregável também é mais seguro para o operador, uma vez que a utilização dos óculos 3D permite que o colaborador carregue o veículo de dentro da cabine do caminhão, sem a necessidade de exposição ao meio externo para a troca de cabines, como ocorreria em um caminhão autocarregável tradicional. A tecnologia também permite o carregamento de outros veículos e descarrega a própria carga, sendo mais ágil nas etapas finais. 

Uma equipe própria da Unidade Florestal da Klabin, em parceria com o fornecedor, criou as adaptações para o caminhão. Além de desenvolver o formato ideal para acoplar o braço mecânico ao caminhão, as adaptações aumentaram a proteção dos cabos elétricos, reforçaram o equilíbrio traseiro do caminhão e foram responsáveis, principalmente, por manter o enquadramento do comprimento do veículo dentro das especificações da legislação brasileira, que prevê até 19,8 metros.