Maiores do setor faturam R$ 58,2 bilhões

10/02/2020
Apenas as dez maiores da categoria estadual responderam por uma receita de R$ 42,35 bilhões, ou cerca de 72% do total.

Os principais atores que atuam na prestação de serviços de saneamento no País registraram uma receita líquida, de R$ 58,2 bilhões, em 2018, puxada principalmente pelas grandes companhias estaduais, que participaram com quase 83% do total da receita arrecadada por todas as companhias que fazem parte do ranking Maiores do Saneamento, publicado exclusivamente por Saneamento Ambiental. Apenas as dez maiores da categoria estadual responderam por uma receita de R$ 42,35 bilhões, ou cerca de 72% do total e a maior companhia de saneamento do País, a Sabesp, sozinha obteve uma receita de R$ 16,1 bilhões ou aproximadamente 27,5% do valor total. As dez maiores companhias estaduais são, pela ordem: Sabesp (São Paulo), Cedae (Rio de Janeiro), Copasa (Minas Gerais), Sanepar (Paraná), Corsan (Rio Grande do Sul), Embasa (Bahia), Compesa (Pernambuco), Saneago (Goiás), Caesb (Distrito Federal) e Cagece (Ceará). É importante observar que três das grandes companhias estaduais (Sabesp, Sanepar e Copasa) têm participação de capital privado, embora seu controle acionário esteja em mãos do estado.

Embora participe apenas com cinco grupos empresariais no ranking, o setor privado responde por uma receita de R$ 6,4 bilhões, ou aproximadamente 11% da receita total, sendo que apenas a Aegea aufere R$ 2,485 bilhões, ou quase 39% dos grupos colocados na categoria. O segundo colocado é BRK Ambiental, com R$ 1,73 bilhões, seguido pela Águas do Brasil (R$ 1,07 bilhão), Iguá Saneamento (R$ 786 milhões) e GS Inima Brasil (R$ 325,5 milhões). A expectativa, no entanto, é que esse quadro mude nos próximos anos. Em primeiro lugar, porque a GS Inima Brasil, que adquiriu ativos da BRK Ambiental, deve ampliar significativamente a sua receita, pulando para as primeiras posições. Em segundo, a aprovação do novo marco do saneamento deverá estimular a maior participação da iniciativa privada na prestação de serviços de água e esgotos no País. O avanço dos grupos privados deve ocorrer principalmente naqueles estados onde as companhias estaduais estão deixando mais a desejar em termos de abrangência dos serviços e desempenho operacional, econômico e financeiro.

Os serviços municipais, que atuam em algumas cidades importantes mesmo onde há companhias estaduais, são cerca de metade no ranking e responderam por uma receita de R$ 3,64 bilhões, ou cerca de 6% do total, realmente uma participação pequena em termos de valores. A liderança desses serviços é exercida pela Sanasa, que atende o município de Campinas (SP), seguida pelo DMAE Porto Alegre (RS), SAAE Sorocaba (SP), DAE Jundiaí (SP), DAE Ribeirão Preto (SP), Semae Piracicaba (SP), DMAE Uberlândia (MG), Cesama (MG), Semae São José do Rio Preto (SP) e DAAE Araraquara (SP), para ficar apenas entre os dez mais importantes. Desses municípios, Jundiaí, Ribeirão Preto e Piracicaba têm parceria com a iniciativa privada para coleta/tratamento de esgotos. Veja os detalhes e os perfis das Maiores do Saneamento na edição 194 da revista Saneamento Ambiental, disponível no site:

http://www.sambiental.com.br/revista/194/