A Mata Atlântica e o Mico-leão-dourado

10/02/2020
Obra trata da preocupação com a sobrevivência do mico-leão-dourado, um animal endêmico do estado do Rio de Janeiro.

A jornalista e escritora Cristina Serra lançou o livro “A mata Atlântica e o Mico-leão-dourado – Uma história de conservação” (editora Andrea Jakobsson), que conta com fotos de Haroldo Paulo Jr. A obra trata da preocupação com a sobrevivência do mico-leão-dourado, um animal endêmico do estado do Rio de Janeiro, ou seja, não existem outros da mesma espécie em nenhum outro lugar do Brasil ou do mundo.

Segundo dados de 1970 a população de micos era de aproximadamente 200 animais, o que alertou para o risco iminente de desaparecimento total da espécie. As causas principais para a quase dizimação dos micos foram o desmatamento da Mata Atlântica (único habitat onde eles vivem), o tráfico de animais e a caça.

O primatólogo Adelmar Coimbra Filho, criador da primeira reserva biológica em 1974 (ReBio de Poço das Antas) e a Associação Mico-Leão-Dourado (AMLD), responsável pelo monitoramento da espécie e recuperação do habitat a partir da década de 1990, trabalham na conservação da espécie e ganham espaço nas páginas ilustradas do livro de Cristina Serra. “

Segundo censo realizado em 2014, estima-se que a população de micos-leões-dourados atingiu o número de 3.700 animais graças aos esforços conjuntos da AMLD, proprietários rurais, população e entidades de pesquisa. Os micos ocupam matas de oito municípios do interior do Rio de Janeiro, principalmente Silva Jardim, Rio Bonito e Casimiro de Abreu. Entretanto o surto de febre amarela em 2017 impactou a espécie, com uma redução de 30%, caindo para 2500 animais. Cientistas estudam vacinar os remanescentes contra a febre amarela. “Que este livro sirva para documentar a luta de uma espécie que conseguiu se salvar, e não virar o último capítulo da passagem do mico-leão-dourado pelo planeta”, torce Cristina.