O peso da reciclagem de metais na economia circular

02/08/2021

Francisco Alves

A demanda por alguns minerais e metais, tais como lítio, cobalto e elementos de terras raras (ETR) usados em estocagem de energia, turbinas eólicas e outros mecanismos ambientais deve crescer de forma exponencial conforme a economia global começa a se tornar mais carbono-neutra. Assim, a reciclagem desses materiais torna-se urgente.

É o que afirma o economista Paulo de Sá - consultor da OCDE e membro do conselho consultivo da Brasil Mineral, que foi também gerente de Energia e Práticas Extrativas Globais do Banco Mundial e Senior Advisor do Banco Interamericano de Desenvolvimento - em um estudo feito em conjunto com Jane Korinek, para a OCDE, publicado recentemente.

Para ele, embora a cadeia de reciclagem “seja uma indústria madura para metais usados em grandes quantidades (principalmente o ferro, alumínio, cobre, estanho, titânio e cromo) ou com alto valor intrínseco, do tipo ouro e platina”, ainda é incipiente para os metais que são utilizados em menor escala, mas de alto valor. Paulo de Sá também afirma que uma economia circular mais eficiente dissociará o crescimento econômico global do uso de recursos naturais, reduzirá a degradação ambiental e incrementará a eficiência energética. “A reciclagem de resíduos e sucata metálica significa menos mineração de recursos não renováveis e a produção dos metais mais comuns a partir de material reciclado utiliza 60-97% menos energia do que se fossem produzidos a partir de matéria-prima mineral”.

Nesta entrevista, concedida com exclusividade, o economista detalha a importância da reciclagem de materiais metálicos e aponta as medidas que seriam necessárias para melhorar a cadeia de reciclagem, como normas de regulamentação e regras de comércio.

Leia a reportagem completa na edição 198 de Saneamento Ambiental