Projetos lideram ofertas para o leilão A-5

22/09/2021
O leilão terá a participação de empreendimentos solares fotovoltaicos, eólicos, hidrelétricos e termelétricos a biomassa.

A Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR) mapeou projetos de grandes usinas solares fotovoltaicas no Leilão de Energia Nova (LEN) A-5 de 2021, marcado para o dia 30 de setembro. Segundo a entidade, estes projetos lideram a oferta disponível para contratação pelo Governo Federal e respondem por cerca de 35% de toda a potência disponível no certame. A expectativa da ABSOLAR é de que a energia solar seja a mais contratada no certame, com os menores preços-médios entre todas as fontes, ajudando a reduzir a conta de luz dos brasileiros. 

O leilão terá a participação de empreendimentos solares fotovoltaicos, eólicos, hidrelétricos e termelétricos a biomassa. Ao todo, 1.694 projetos foram cadastrados, o que totaliza 93,8 gigawatts (GW) de potência, o equivalente a mais da metade da potência atual da matriz elétrica brasileira. A fonte solar fotovoltaica conta com o cadastro de 835 projetos, totalizando 32,4 GW de potência. O Nordeste é a região com mais projetos cadastrados, sobretudo de empreendimentos solares e eólicos, liderado pela Bahia, com 498 projetos, totalizando 16,9 GW. “Com a versatilidade e agilidade da tecnologia solar, uma usina fotovoltaica de grande porte fica operacional em menos de 18 meses, desde o leilão até o início da geração de energia elétrica. A solar é reconhecidamente campeã na rapidez de novas usinas de geração”, comenta. “Por isso, se os leilões cancelados no passado recente tivessem contratado energia solar, o cenário atual estaria menos crítico”, diz o vice-presidente de Geração Centralizada da ABSOLAR, Anderson Garofalo. 

A ABSOLAR afirma que a potência instalada das grandes usinas solares fotovoltaicas conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) acaba de ultrapassar a soma das usinas termelétricas fósseis à carvão mineral. De acordo com mapeamento, são 3,8 GW de potência instalada da fonte solar nas grandes usinas, ante um total de 3,6 GW de termelétricas movidas a carvão mineral. Desde 2012, as grandes usinas solares acumulam mais de R$ 20,5 bilhões em novos investimentos e geraram mais de 114 mil empregos, além de proporcionarem uma arrecadação de R$ 6,3 bilhões aos cofres públicos.

Em 2019, a solar foi a fonte mais competitiva entre as renováveis nos dois LEN A-4 e A-6, com preços-médios abaixo dos US$ 21,00/MWh. Em julho de 2021, repetiu o feito nos LEN A-3 e A-4, com os menores preços-médios dos dois leilões, abaixo dos US$ 26,00/MWh. Com isso, a solar consolidou a posição de fonte renovável mais barata do Brasil. “As grandes usinas solares geram eletricidade a preços até dez vezes menores do que as termelétricas fósseis emergenciais ou a energia elétrica importada de países vizinhos atualmente, duas das principais responsáveis pelo aumento tarifário sobre os consumidores”, comenta o presidente executivo da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia. 

A situação crítica de escassez hídrica, com elevados reajustes tarifários na conta de luz, reforça o papel estratégico da energia solar como parte da solução para diversificar e fortalecer o suprimento de eletricidade no País, fundamental para a retomada do crescimento econômico nacional. “Diante da crise e da nova bandeira de escassez hídrica, é fundamental que o Governo Federal acelere a energia solar no Brasil, para diversificar a matriz elétrica e baratear a energia para a população e os setores produtivos”, acrescenta Sauaia.