EMISSÕES ATMOSFÉRICAS

Redução de 3% das emissões de CO2

03/03/2021

Se o calcário fosse substituído por argila na produção de cimento, as emissões globais de CO2 poderiam ser 3% menores, defende a FLSmidth. A companhia ressalta que se a indústria do cimento fosse um país, seria o terceiro maior emissor de CO2do mundo, superado apenas pelos Estados Unidos e China. Na América Latina, Brasil e México produzem mais de 100 milhões de toneladas métricas de cimento por ano (MTA). Argentina e Peru seguem em produção e consumo de cimento, com mais de 10 MTA. No mundo, a produção de cimento responde por um total de 8% das emissões globais.

Este cenário climático global tem apresentado a necessidade de optar por alternativas menos poluentes e, assim, reduzir as emissões de CO2 associadas à produção de cimento. Nesse cenário, Fleming Voetmann, vice-presidente da FLSmidth, explica os benefícios do MissionZero, projeto que visa orientar a indústria do cimento em um caminho mais sustentável e, portanto, atingir zero emissões de CO2 até 2030. Para atingir esse objetivo, a FLSmidth iniciou projetos-piloto com clientes e instituições acadêmicas. O uso e os resultados deste novo cimento "verde" em estradas curtas e pequenas pontes tem sido promissor.

No momento, há aproximadamente 70% da tecnologia necessária para cumprir a promessa do MissionZero, de atingir zero emissões de CO2 até 2030. "Estamos confiantes de que a abordagem e o investimento que estamos fazendo em pesquisa e desenvolvimento fornecerão os 30% restantes nos próximos anos", disse Voetmann.

Além da técnica de calcinação da argila, existem outras iniciativas, como a eliminação gradativa de fontes de energia fóssil por meios como a eletrificação. Outro fator importante a levar em conta é a mudança de mentalidade do setor. Esse esforço exige não apenas investimentos em máquinas e equipamentos, mas também um compromisso com o combate aos desafios da desaceleração do aquecimento global.